O Projeto Leitura, tem como objetivo vencer um dos maiores desafios encontrados pelos professores e amantes da literatura: Criar o hábito da leitura.
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Pier Paolo Pasolini se colocou como um dos nomes mais importantes das artes italianas no Século XX, mesmo que muitas de suas posições não fossem unanimidades. Seus trabalhos mais famosos são como cineasta, mas também atuou como ator, jornalista, novelista, poeta, filósofo, pintor. E também jogador de futebol nas horas vagas. Nascido em Bologna, Pasolini era um meio-campista talentoso. Costumava usar as peladas para recrutar atores, fazia da bola assunto recorrente em seus textos. Morreu há exatos 40 anos, assassinado supostamente por um amante – embora teorias digam que havia motivações políticas. Foi enterrado com a camisa da seleção nacional de “calcio-attori”, um time que formou para atores disputarem amistosos beneficentes.
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A parte de suas controvérsias, Pasolini era um apaixonado pela poesia da vida. E a observava também no futebol. Na década de 1960, tornou-se um dos críticos mais ferrenhos do catenaccio de Helenio Herrera, bicampeão da Champions com a Internazionale. No entanto, torcedor fanático do Bologna, era aficionado por Giacomo Bulgarelli, meio-campista voluntarioso que usou a braçadeira de capitão na conquista da Serie A em 1964 e também venceu a Euro de 1968 com a Azzurra. “No dia em que conheceu Bulgarelli, ficou pasmo como se estivesse de frente para Jesus”, relembra o ator e amigo Sergio Citti.
Pasolini sustentava ideais apaixonados sobre o esporte. “O futebol é um dos grandes prazeres da vida. Sem ídolos, ele perde sentido. E é preciso amar uma equipe”, dizia. Além disso, prezava muito por um ideal de jogo, crítico do pragmatismo que começava a transformar o futebol no fim de sua vida. Um de seus textos mais famosos versa sobre isso. Em janeiro de 1971, aproximou literatura e bola em artigo do jornal Il Giorno. Comparava prosa e poesia a partir da final da Copa de 1970, entre Brasil e Itália.