A Brasília que não lê

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Há poucos dias, atendendo a convite da Universidade do Estado do Mato Grosso – UNEMAT, viajei para  a cidade de Sinop, para fazer  a conferência inaugural da Faculdade de Educação e Linguagem no campus da  universidade naquele município. Reuni-me com a Profª Leandra Santos , de  quem partiu o convite, e com   colegas e  alunos de Letras, de Pedagogia e os mestrandos do Profletras – Mestrado Profissional em Letras, que atende  a muitos cursistas  que se deslocam de várias cidades da região. Falei sobre “ Participação da Sociolinguística na formação do Professor de Língua Portuguesa”.

Não conhecia Sinop, uma cidade bem nova, inaugurada em 1974.  O nome provém da sigla da empresa que colonizou a área e construiu a cidade  : Sociedade Imobiliária do Noroeste do Paraná.

Foi uma viagem cheia de boas surpresas. A primeira,  eu a experimentei  ainda no avião quando esse  se preparava para aterrissar no aeroporto local. A visão do alto comove e espanta: lá embaixo imensas planícies verdes, um mar  de plantação do que eu imaginei fosse só soja.  Depois soube que são  extensas roças  de soja, algodão e milho. Entre uma gleba e outra de agricultura, faixas de floresta.

A visão desperta reflexões controversas: todo o oceano cultivado já foi um dia floresta: cabe então lamentar o desmatamento?  Mas como, se  o município é um grande silo  de alimentos para o Brasil e o mundo e de divisas para a combalida economia nacional?.   A floresta naquela  área da Amazônia Meridional deu lugar a uma produtiva região de agricultura.  Os cereais e outros produtos que brotam do solo fértil , beneficiado com muito sol e muita água, são exportados pelo Porto de Belém e vêm colocando o Brasil nos primeiros lugares no ranking de produtores de alimento e  outras commodities agrícolas.

A cidade foi planejada em forma de uma casa, explica-me  o Diretor da Faculdade, Prof. Genivaldo Rodrigues Sobrinho,  meu dedicado cicerone.  As ruas são largas e limpas, as praças  igualmente amplas.

Depois da palestra, tive uma manhã livre para conhecer Sinop.  O Professor  me levou a visitar  o Parque Florestal, alguns acres de floresta preservados na área urbana.  Na chegada, sou recebida por araras pousadas em um poleiro próximo a um bebedouro e um recipiente com castanhas do Pará, que as aves vão quebrando com seus bicos pequenos , mas poderosos Têm plumagens lindas, azuis e vermelhas,  e vivem ali soltas, sem se afastar  do parque.  Não muito longe uma família com crianças  observa os macacos, que saltam enormes distâncias. Parecem voar de um galho a outro. Vêm buscar bananas, em um cocho,  e depois as descascam para comê-las. Mais à frente, um lago com tartarugas, tucunarés e outros espécimes da flora aquática amazônica. Enquanto os observamos, as andorinhas traçam  um balé no ar.

Seguindo as trilhas adentramos a área  de floresta. As árvores são portentosas. Algumas tão altas que mal se vislumbra o seu pico. E são grossas também.  Os meus braços foram insuficientes para abraçar muitas delas.  De vez em quando um tronco caído, obra da chuva e dos ventos. Andávamos com cuidado para não destruir as teias de aranha, nem assustar os habitantes do local. Na saída, um susto. As araras, tão dóceis na  recepção, por alguma razão se irritaram e  correram  atrás  de nós, saltitando, arrulhando,  e batendo as asas magníficas.  Tratamos de correr também e revidar a algaravia. 

Depois do parque, uma visita à belíssima catedral de  arquitetura moderna. Na parede frontal, atrás do altar mor, um painel ocupa todo o espaço. Vê-se um enorme Cristo, envolto em um   manto e  ladeado pelas árvores da floresta.  É uma obra de Mari Bueno, premiada artista plástica   local, que  pintou o interior da igreja sob os auspícios da Lei Rouanet.  Fui visitar-lhe o atelier,  Ela não estava, mas eu trouxe um belo óleo sobre tela,  que retrata folhas amareladas. Há de ficar em meu escritório , lembrando-me da experiência  rica que foi conhecer esse Brasil que é celeiro do mundo.

Deixo aqui um abraço a todos os colegas de Sinop que de me acolheram tão generosamente.

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Nasci no remoto ano de 1945, em São Lourenço, encantadora estação de águas no sul de Minas, aonde Manuel Bandeira e outros doentes iam veranear em busca dos bons ares e águas minerais, que lhes pudessem restituir a saúde.

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