O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) completa uma década. Com esses 10 anos de existência, os organizadores comemoram a grande popularização da prova. A cada ano, o número de inscritos aumenta. No próximo dia 31, quando a avaliação de 2008 será aplicada, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) se prepara para receber 4 milhões de candidatos em mais de 1,4 mil municípios. Um número bastante superior (2.544%) à quantidade de estudantes inscritos na primeira edição, em 1998: 157,2 mil.
Em 2001, o número de inscritos saltou para 1,6 milhão. Mas a grande explosão se deu em 2005, com a criação do Programa Universidade para Todos (Prouni). O projeto do Ministério da Educação, que distribui bolsas de estudos a estudantes de baixa renda em faculdades privadas, utiliza como critério de seleção as notas do Enem. Naquele ano, 3 milhões de jovens participaram. Em 2006, a quantidade subiu para 3,7 milhões.
As notas do Enem não são só utilizadas no Prouni. Mais de 600 instituições de ensino superior consideram os resultados do exame em processos seletivos. Muitas empresas, por outro lado, pedem as notas do Enem durante as seleções de emprego. Com tantas oportunidades, é natural que os alunos passem a enxergar o exame com mais carinho. Em contrapartida, escolas e faculdades têm visto o crescente interesse dos alunos como uma oportunidade de mercado.
A distância
Em todo o país, já existem cursinhos preparatórios para o exame. O Grupo Uninter, de Curitiba, oferece uma modalidade a distância em mais de 100 pólos espalhados pelo país. Segundo a coordenadora de negócios do grupo (especialista em educação a distância), Paula Renata Ferreira, há 1,5 mil estudantes matriculados no curso, que tem duração de dois meses. As aulas são transmitidas via satélite, em telões, aos sábados. Os preços variam de acordo com a cidade, mas não ultrapassam R$ 150.
O Guia do Estudante está promovendo, em parceria com a Universidade Anhembi Morumbi, de São Paulo, um simuladão do Enem que premiará o primeiro colocado com um carro. A inscrição é gratuita e, até o momento, mais de 4 mil jovens já se cadastraram para participar. “Percebemos que o Enem ganhou importância e que os estudantes precisavam de uma orientação específica. Como o Guia do Estudante trabalha com esse público há 25 anos, decidimos prestar mais esse serviço”, comenta Renato Cagno, gerente de marketing do Núcleo Jovem da Editora Abril.
Em Brasília, os cursinhos não são muito numerosos. Em geral, estabelecimentos populares oferecem esse tipo de preparatório. Mas os colégios, públicos e particulares, desde que o Inep passou a divulgar as notas das escolas, sentiram necessidade de estimular os alunos a participar da prova. A idéia é se manter em boa posição no ranking divulgado pela imprensa. As táticas variam, mas, de modo geral, os diretores de escolas aprovam a iniciativa do MEC.
Dorivan Ferreira Gomes, coordenador do Enem, comenta que o número de estudantes de colégios particulares inscritos no exame aumentou depois da divulgação dos resultados por escola. Por causa da repercussão dos dados, ele acredita que é importante continuar apresentando essas notas à sociedade. “É mais um sinalizador para que os pais e os gestores possam fazer análises e tomar decisões”, afirma.
FIQUE DE OLHO
Até a próxima segunda, os candidatos deverão receber o cartão de confirmação com a data, hora e local de realização da prova. Se o seu não chegar, procure uma agência dos Correios ou acesse a página do Inep(www.enem.inep.gov.br) para consultar a escola em que fará o exame.
Concurso nota 10
Monique RenneCBD.A Press | |
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Saulo, Rayssa e Thiago: na disputa por um notebook
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No Centro de Ensino Médio Leonardo da Vinci, desde o ano passado, a direção resolveu dar prêmios aos alunos que obtivessem bom desempenho no Enem. Para isso, criou um concurso, chamado de Estudante Nota 10, que tem até regulamento. Os interessados em participar precisam se inscrever no Enem e, depois, no prêmio. Entre sexta-feira e 26 de setembro, eles precisam procurar a secretaria e apresentar o comprovante de inscrição no exame do MEC.
Em dezembro, depois que os alunos acessarem os boletins de desempenho, o colégio fará uma classificação dos resultados. Os dois primeiros colocados de cada unidade ganharão prêmios. O campeão levará um notebook e o segundo lugar, um smartphone. Solange Foizer Silva, diretora do colégio em Taguatinga, acredita que a iniciativa é importante para motivar os estudantes a participar do Enem. “Quanto mais alunos participarem, poderemos avaliar melhor o trabalho desenvolvido”, diz.
Solange acredita que as escolas passaram a se preocupar mais com os resultados do Enem depois da divulgação das notas por escolas. Para ela, isso é importante. “Os pais já escolhem escolas com base no exame. A cultura de avaliação é importante para melhorar serviços”, analisa. O colégio, no entanto, não prepara os estudantes especificamente para o exame. Nas aulas, os professores mostram a avaliação, os conteúdos cobrados pelo PAS, pelo Enem e pelo vestibular. Eles também fazem simulados dos três.
Thiago Ito, 17, Rayssa Maciel, 16, e Saulo Ranieri, 17, vão participar do Enem e do concurso da escola. Os três garantem que não contam com a premiação. Para eles, o Enem é uma oportunidade de testar conhecimentos. “Estamos perto do vestibular e qualquer estímulo para estudar é importante”, afirma Thiago. Saulo acha que, apesar do incentivo dos prêmios, nem todos os colegas se sentem motivados a fazer o Enem. “É uma tentativa, mas não sei se funciona”, diz.
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100% de participação
Zuleika de SouzaCBD.A Press | |
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Michael, Rayssa, Isabella e Luiz Fernando: ponto na média do Setor Oeste
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Quando assumiu a direção do Centro de Ensino Médio Setor Oeste no início do ano, Júlio Gregório tinha como meta inscrever todos os alunos do 3º ano no Enem. Queria também melhorar as notas dos alunos na prova para levantar a bola da escola. Ao longo do semestre, os professores trabalharam os conteúdos cobrados na avaliação com os alunos e os incentivaram a participar da avaliação. Entre os argumentos, a possibilidade de concorrer às bolsas do Programa Universidade para Todos e de enriquecer o currículo para o mercado de trabalho foram os mais fortes.
Os estudantes também fizeram dois simulados do Enem, a partir de provas antigas do exame. Para que os alunos levassem a sério a atividade, a direção decidiu dar até um ponto na média bimestral de acordo com o desempenho do aluno no exame. Luiz Fernando da Silva, Michael Wenderson de Matos, Rayssa Feitosa e Isabella Cardoso, todos com 17 anos, aprovaram a iniciativa do colégio. “Estamos recebendo uma boa preparação não só para o Enem como para o vestibular e o PAS”, diz Michael. “Acho legal estarmos familiarizados com a prova”, reforça Rayssa.
Os jovens vêem o Enem como uma oportunidade de acesso ao ensino superior que não deve ser desperdiçada. Além disso, eles consideram a prova uma possibilidade de inserção no mercado de trabalho e auto-avaliação. Para eles, a divulgação dos resultados por escola contribui para que alunos e escolas melhorem o desempenho. “Queremos ver o nome da escola lá em cima”, brinca Luiz Fernando.
O diretor também aprova a iniciativa do Inep. “Os resultados do Enem são indicadores importantes para mostrar a qualidade das escolas, mas não são os únicos elementos. Mas a divulgação deles é interessante porque leva as escolas a desenvolver uma proposta pedagógica que contemple as competências e habilidades avaliadas no Enem”, analisa Júlio.
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Esforço coletivo
Marcelo FerreiraCBD.A Press | |
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Dhyellica, com os colegas do CEMTN de Taguatinga: “é bem-vindo”
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Os alunos do Centro de Ensino Médio de Taguatinga Norte (CEMTN) estão animados com a chegada do Enem. Eles passaram o semestre ouvindo dicas dos professores, resolvendo exercícios passados por eles e fazendo simulados da avaliação elaborados pela escola em parceria com um cursinho da cidade. O esforço da direção era para incentivar a participação e dar subsídios para os jovens se saíssem bem no exame, que será aplicado no dia 31.
Segundo Ivana de Fátima Dantas, diretora da escola, a participação dos estudantes no Enem tem crescido muito nos últimos anos. Ela acredita que o Prouni foi o grande impulsionador, mas ela não descarta o papel do colégio nesse processo. Além de fazer a inscrição dos candidatos, os professores falaram bastante da importância do exame para a vida dos jovens. Também deram aulas de reforço à tarde para os que precisavam. Os alunos, por sua vez, organizaram grupos de estudo para o Enem.
Ivana vê de maneira positiva a “corrida” das escolas gerada pelos resultados do exame. “Isso provoca a escola a melhorar o trabalho. Hoje, temos pais que vêm aqui procurar vagas por conta dos resultados do Enem”, conta. Maxwell Oliveira, 17, Dhyellica Darlly Rodrigues, 17, Daniel Alencar, 18, e Jéssica de Souza, 17, defendem a iniciativa da escola. “Estamos nos esforçando desde o começo do ano para o Enem, o PAS e o vestibular”, ressalta Maxwell.
Dhyellica, que faz cursinho para o PAS desde o primeiro ano do ensino médio, acha que qualquer iniciativa de estudo contribui para a formação. Por isso, participou dos preparatórios, dos grupos de estudo e de simulados. “O que incentiva o aluno a melhorar é bem-vindo”, diz.
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Exercícios e simulado
Daniel FerreiraCBD.A Press | |
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Ana Clara, RaPhael e Ana Carolina: estímulo do colégio Marista
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Ana Carolina Panerai, 17, admite que, se não fosse a escola, teria perdido o prazo para se inscrever no Enem. A estudante do 3º ano do Colégio Marista diz que professores e coordenadores divulgaram bastante a prova e tentaram estimular os jovens a participar. “Percebi que valorizaria meu currículo e que era uma chance de treinar antes do vestibular”, comenta. Ana Clara Chagas, 17, que disputará uma vaga em medicina, pretende utilizar os resultados do Enem na Escola Superior de Ciências da Saúde.
Para Raphael Sebba, 17, e as colegas, desde que o Inep passou a divulgar os resultados das escolas no Enem, o colégio passou a estimular mais os estudantes a participar da prova. Na opinião de Rodolfo Fortes, assessor psicopedagógico do colégio, o Enem faz parte do planejamento pedagógico como o vestibular ou o PAS. “É uma avaliação muito boa, que revela as habilidades do aluno. Mas é importante lembrar que ela mostra o perfil de saída do aluno e não o perfil da escola”, diz.
Rodolfo considera fundamental o retorno recebido pelos colégios a partir do desempenho dos estudantes para aprimorar os processos pedagógicos, mas considera um desafio convencê-los a participar. “Nosso aluno não valoriza o Enem”, lamenta. Na semana passada, o colégio distribuiu apostilas que serão trabalhadas pelos professores em sala de aula e servirão para que os jovens se exercitem antes do exame. Antes disso, os alunos já haviam participado de um simulado feito nos moldes da avaliação do MEC.
Os três gostaram do estilo da prova. “Não cobram conteúdos específicos e sim o que precisamos saber no cotidiano”, ressalta Ana Clara. Ana Carolina elogia a redação. “São temas inteligentes”, opina. Para Raphael, o mais louvável do exame é valorizar a qualidade do aluno e não a decoreba.
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Exame inteligente
Prova do Enem é interdisciplinar, contextualizada e coloca o estudante diante de situações-problemas
Priscilla Borges Da equipe do Correio
Carlos VieiraCBD.A Press - 281107 | |
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A brasiliense Adriana Ribeiro, 1º lugar no DF na edição passada, recomenda aos candidatos que façam logo o rascunho da redação
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Professores e alunos já aprenderam que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) exige do estudante capacidade de compreender a realidade do mundo que o cerca e não a de decorar fórmulas ou qualquer outro conteúdo. Isso significa que os candidatos precisam ter boa capacidade de leitura e de interpretação de textos para obter uma boa nota na avaliação. Nas escolas, eles são unânimes em apontar a necessidade de saber os assuntos mais comentados da atualidade para responder as questões apresentadas na prova.
O Enem é composto por 63 questões objetivas e uma redação. A orientação dada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) é de que o exame tenha um tema central. Ele pode ser o mesmo assunto proposto para a redação, mas isso não é uma regra. A idéia é que todos os alunos conheçam o tema e tenham condições de refletir sobre ele. “O ideal é que esse tema permeie os itens, inclusive a redação. Para nós, é importante cobrar conhecimentos contextualizados”, afirma o coordenador do exame, Dorivan Ferreira Gomes.
Não dá para prever quais temas os examinadores julgarão mais importantes para colocar na avaliação do próximo dia 31, mas os professores arriscam alguns palpites. Ao longo dos anos, alguns assuntos são tratados com bastante freqüência, como é o caso do meio ambiente (destruição e proteção), da água (ciclo, utilização, chuvas, poluição), da energia (todas as formas, impactos ambientais e econômicos), da globalização, da cidadania.
Apesar de esses tópicos já terem aparecido em avaliações anteriores, os professores não descartam a possibilidade de que alguns voltem à tona. A globalização, por exemplo, é uma aposta do diretor do Centro de Ensino Médio Setor Oeste, Júlio Gregório. “Com as Olimpíadas e a posição da China no cenário global, esse assunto se torna bastante atual. A análise dos aspectos econômicos e políticos do evento pode ser cobrada dos alunos”, acredita. Ele também arrisca dizer que a produção e a comercialização dos biocombustíveis podem estar nos itens da prova.
César Berçott, professor do Colégio Dromos, acredita que a crise na produção de alimentos e a inflação têm chances de aparecer na avaliação, porque ficaram em bastante evidência na mídia. Para ele, vale a pena também ficar de olho na situação dos Estados Unidos e do Oriente Médio. “O mais importante é ter calma para ler tudo com bastante atenção. Em geral, as informações e as respostas estão no enunciado”, opina. “O conteúdo, no Enem, é uma ferramenta utilizada para verificar se o aluno é capaz de raciocinar de diferentes maneiras”, observa.
Os professores de língua portuguesa enfatizam que a avaliação não cobra conhecimentos específicos de gramática ou literatura. Mesmo com a celebração do centenário de morte do escritor Machado de Assis, eles não acreditam que as características da obra dele serão cobradas na prova. “Não faz parte da cultura da avaliação”, comenta Nilton Mariano, coordenador de língua portuguesa do Colégio Marista.
Calma e nada mais O Enem tem fama de fácil. Como os itens não cobram conteúdos específicos das matérias e não há peguinhas nas questões, os estudantes tendem a achar que a avaliação não oferece perigo. De fato, o objetivo da avaliação não é arrasar ninguém, mas os professores aconselham os jovens a não subestimar o teste, que eles julgam bem elaborado. “A dinâmica da prova é inteligente, porque eles cobram a utilidade prática do conteúdo aprendido”, afirma Giovanni Toscano Neto, professor de língua portuguesa dos colégios Galois e Ideal.
“Fazemos itens inteligentes para promover o estudante e não penalizá-lo, mas isso não quer dizer que seja uma prova fraca. Ele exige que o aluno saiba ler, interpretar, raciocinar”, destaca Dorivan. Giovanni recomenda muito cuidado com a leitura dos itens e tranqüilidade. Quem já passou — e com sucesso — pelo teste confirma que essa é a melhor tática. “É importante fazer a prova com bastante calma e saber interpretar os gráficos, as imagens e os dados do modo como eles pedem. É bem tranqüilo”, garante Luísa Lima Castro, 19, estudante que ficou em primeiro lugar no Brasil no Enem 2007.
Adriana Ribeiro Lima, primeira colocada no Distrito Federal, sugere que os candidatos façam logo o rascunho da redação (que vale metade da nota), depois respondam os itens da parte objetiva. “Só depois passem a limpo. Eles conseguiram ver melhor os próprios erros”, indica.
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Jair AmaralEM3408 | |
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A mineira Luísa Lima Castro, 1º lugar geral em 2007: “É bem tranqüilo”
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Os temas que já caíram na prova
1998: Cidadania e economia 1999: Energia e meio ambiente 2000: Transformação de energia e água 2001: Preservação ambiental 2002: Consciência política e ambiental 2003: Violência urbana e ambiental 2004: A importância da informação e da liberdade de expressão 2005: Exploração humana e ambiental 2006: Importância da compreensão textual e energia 2007: Discussão das diferenças (diversidade) e energia alternativa
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Longe da decoreba
Conheça quais são as competências exigidas na prova objetiva do Enem:
Dominar linguagens: dominar a norma culta da língua portuguesa e fazer uso das linguagens matemática, artística e científica. A idéia é saber se você consegue entender as diferentes linguagens que o cercam: textos, imagens, gráficos, tirinhas em quadrinhos, fórmulas...
Compreender fenômenos: construir e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para a compreensão de fenômenos naturais, de processos históricos e geográficos, da produção tecnológica e das manifestações artísticas. Os organizadores cobrarão diversos conhecimentos em uma mesma questão. Isso não significa que você precisa decorar tudo o que aprendeu no ensino médio. Precisa, sim, reconhecer conteúdos nas questões, saber compreender o que se passa à sua volta.
Enfrentar situações-problema: selecionar, organizar, relacionar e interpretar dados e informações representados de diferentes formas, para tomar decisões e enfrentar situações problemas. Se o estudante domina a linguagem e compreende os fenômenos que o cercam, precisa demonstrar que sabe solucionar um problema. A partir de uma situação do cotidiano, as questões vão exigir que você entenda o problema exposto, reflita sobre o que sabe a respeito e escolha um caminho que julgar correto.
Construir argumentação: relacionar informações, representadas em diferentes formas, e conhecimentos disponíveis em situações concretas, para construir argumentação consistente. Essa é uma das exigências da redação: saber se posicionar diante de um assunto. O Enem analisa se o estudante saiu do ensino médio capaz de defender suas idéias com argumentos fortes e bem fundamentados.
Elaborar proposta: recorrer aos conhecimentos desenvolvidos na escola para a elaboração de propostas de intervenção solidária na realidade, respeitando os valores humanos e considerando a diversidade sociocultural. Hora de demonstrar cidadania. Um dos aspectos mais valorizados no Enem é a capacidade do jovem em propor alternativas para melhorar a comunidade em que vive, a sociedade e até o mundo. Pode ser relacionado aos problemas sociais, econômicos e do meio ambiente. Prove que você é um cidadão antenado e preocupado.
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