Exercícios e desafios postados em sites cativam os alunos


Acessar diariamente o blog da professora de língua portuguesa Roberta Ramos para fazer exercícios gramaticais já virou rotina para os alunos de 6ª série do Colégio São Luis, no bairro Cerqueira César, em São Paulo. Até o ano passado, eles não tinham tanto interesse em aprimorar a ortografia. A mudança foi motivada por uma estratégia simples da educadora: lançar desafios gramaticais no blog sem avisar a data. O aluno que enviasse a resposta primeiro, ganharia um chocolate da professora.

Nem a professora esperava uma reação tão positiva. Quando tive a idéia achei que poucos acessariam, diz Roberta. Mas o mistério e a competição fez os alunos acessarem freqüentemente o blog. O bom é que todos passaram a resolver os exercícios, já que não têm como saber a ordem de acesso. Só no dia seguinte, em aula, é que divulgo o resultado.

O blog (www.auladaroberta.blogspot.com) se tornou uma espécie de continuidade das aulas já que, além dos desafios, Roberta coloca no site tarefas extras e gabaritos de provas. Entre os exercícios, destaque para o uso das letras de Tom Jobim para análise sintática e de jogos virtuais, para a produção de textos.

Para a surpresa de Roberta, que dá aulas há 22 anos e começou a usar o blog no ano passado, alunos que não se interessavam pela matéria se tornaram freqüentadores assíduos. Tenho um aluno que era bem desinteressado. Agora ele sempre ganha o desafio por ser o primeiro a postar as respostas. Isso mudou a postura dele em classe, conta o professor.

MATEMÁTICA

A mesma estratégia foi adotada neste ano pelo professor de matemática Mauricio Orlando, do Colégio Pentágono, unidade Morumbi. Conhecido como Dum Dum, ele dá aulas há 26 anos. Agora, com o blog, faz plantões online e cria espaço para que os alunos publiquem desafios para os colegas resolverem, além de divulgar exercícios extras.

O professor também usa uma espécie de prancheta high tech que permite fazer exercícios no campo virtual enquanto dá aulas. Hoje em dia o professor não pode mais ignorar a tecnologia. Mais do que isso, ele tem de aproveitar o interesse que ela desperta para atrair a atenção dos alunos, diz.

Os resultados do uso do blog em classe, segundo Orlando, já podem ser notados. Os alunos passaram a indicar sites relacionados a matemática no meu blog e alguns se tornaram usuários assíduos.

Mas atenção: só criar o blog não basta, diz a professora Rosemeire Batista de Araújo, da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Antônio Carlos, em São Miguel Paulista. Se engana o professor que acha que basta criar um blog para os alunos acessarem. É preciso um trabalho de motivação em sala de aula, atualização constante e principalmente cuidado com as questões de segurança.

Pais, professores e alunos devem estar atentos à procedência dos blogs que acessam. Se o blog traz exercícios de professores da USP, por exemplo, ter o logo da instituição não basta. O pai dever acessar o site da universidade e checar se os autores fazem parte mesmo da universidade, indica o psicólogo Rodrigo Nejm, diretor de prevenção da organização SaferNet.

O Estado de S.Paulo, 20 out. 2008.
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Nasci no remoto ano de 1945, em São Lourenço, encantadora estação de águas no sul de Minas, aonde Manuel Bandeira e outros doentes iam veranear em busca dos bons ares e águas minerais, que lhes pudessem restituir a saúde.

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