Da equipe do Correio

O rigor do Ministério da Educação com instituições que oferecem cursos de graduação chegou à modalidade de ensino a distância. Oito das 109 existentes no país estão sob supervisão do órgão, que já determinou a desativação de 1.337 centros de atendimento pertencentes a quatro estabelecimentos: Universidade Norte do Paraná, Faculdade Educacional da Lapa (Fael), Universidade Estadual do Tocantins (Unitins) e Centro Universitário Leonardo da Vinci (Unisaelvi). As demais — Universidade Luterana do Brasil, Faculdade de Tecnologia e Ciências, Universidade Castelo Branco e Universidade Cidade de São Paulo — estão sendo analisadas pela Secretaria de Ensino a Distância do MEC.

O secretário de Ensino a Distância do MEC, Carlos Bielschowsky, afirma que a intenção do ministério é sanear as deficiências encontradas nas instituições sob supervisão, que poderão assinar um termo, no qual se comprometem a adequar os pólos no prazo de um ano. Depois disso, se os problemas não forem resolvidos, os estabelecimentos podem ser punidos com o descredenciamento.

Para os pólos das quatro primeiras instituições, cuja análise do MEC já foi finalizada, porém, não há mais solução. “Eles não têm padrões de qualidade aceitáveis, por isso, não são negociáveis. Nesses centros, mandamos encerrar as atividades”, explica o secretário. Ele também esclarece que não se trata de fechamento de cursos, mas dos pólos onde foram identificados problemas como carência na formação dos tutores, falta de laboratórios e bibliotecas precárias.

Para não prejudicar os 60 mil alunos, esses centros continuarão a funcionar até a conclusão do curso. Porém, as instituições não podem aceitar mais estudantes nem oferecer vagas em vestibulares para os pólos fechados. Juntas, as quatro são responsáveis por 33,7% das 760.599 matrículas em graduação a distância. Já ao se considerar os oito estabelecimentos sob supervisão, o percentual sobe para 54,7%.

Modificações
Os pólos desativados da Faculdade Educacional da Lapa e da Universidade Estadual do Tocantins são atendidos pela empresa Eadcon, criada em 1999. O diretor de desenvolvimento e qualidade acadêmica da Eadcon, Francisco Sardo, diz que a intervenção do MEC é bem-vinda. “É como uma auditoria gratuita”, diz. Porém, ele alega que a portaria normativa que regula o ensino a distância ainda é muito recente, de 2007. “Estamos trabalhando para cumprir as determinações do ministério, mas há de se convir que a transformação não ocorre da noite para o dia”, diz. Entre as modificações, estão a aquisição de bibliotecas, a compra de equipamentos e a melhoria de instalações.

Em nota, o reitor em exercício da Unitins, Lívio William Reis de Carvalho, afirmou que haverá melhorias nas condições dos pólos presenciais, além de uma revisão das atividades acadêmico-pedagógicas”. Também por meio de nota, o Centro Universitário Leonardo da Vinci afirmou que “todas as novas adequações exigidas pelo Ministério da Educação, relacionadas ao assunto em questão, serão realizadas pela instituição no próximo ano, como, por exemplo, a implantação de melhorias nos pólos”.



O número
Desativados
1.337
pólos de ensino a distância tiveram de encerrar as atividades

Categoria pai: Seção - Notícias

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Nasci no remoto ano de 1945, em São Lourenço, encantadora estação de águas no sul de Minas, aonde Manuel Bandeira e outros doentes iam veranear em busca dos bons ares e águas minerais, que lhes pudessem restituir a saúde.

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