A professora de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo (USP) Deisy Ventura recomendou, durante a comissão geral que discute a nova gripe causada pelo vírus H1N1, que haja cooperação internacional para combater a gripe. Em sua avaliação, é importante que os países possam quebrar patentes de medicamentos para garantir o tratamento. Segundo ela, o acesso à vacina também precisa ser igualitário.
Para Deisy Ventura, é necessário que a Câmara continue tratando do tema mesmo após o fim da pandemia. Ela teme que, a partir de agora, o período entre uma pandemia e outra no mundo seja cada vez mais curto.
Já o vice-diretor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), José Geraldo Lopes Ramos, afirmou que o Brasil deve se preparar cada vez mais para combater a gripe e dar atenção especial às mulheres grávidas. Além disso, em sua opinião, é preciso dar mais atenção à gripe sazonal, inclusive vacinando gestantes.
O secretário de Estado de Saúde do Rio Grande do Sul, Osmar Terra, considera que existe alarmismo nas notícias sobre a Influenza A. O México [onde o surto teve início] parou e não adiantou nada. O alarmamismo cria um outro nível de estresse, que não deveria haver, disse.
Osmar Terra justificou ainda o número de casos e óbitos no Rio Grande do Sul, que registrou 50 mortes, em decorrência de o estado fazer fronteira com dois focos da pandemia - o Uruguai e a Argentina. O secretário destacou ainda o clima do sul do País como fator determinante para a incidência da doença.
A comissão geral ocorre no Plenário da Câmara.
Agência Câmara