Boas leituras para o professor  como agente de letramento

 

Desejo falar sobre três livros recentemente publicados, que vieram trazer contribuições relevantes à formação dos professores como agentes de letramento.

O primeiro é uma coletânea de artigos do saudoso Professor Carlos Franchi, em co-autoria com Esmeralda Vailati Negrão e Ana Lúcia Müller, organizada por Sírio Possenti :  mas o que é mesmo “Gramática”? , São Paulo: Parábola, 2006.

Muitas das idéias que haveriam de incentivar os lingüistas brasileiros a partir dos anos 1960 a refletirem sobre o papel da gramática no ensino de Língua Portuguesa, apontando distorções e sugerindo estratégias favorecedoras da criatividade dos alunos e de seu uso competente da língua materna, tiveram origem nas aulas do Prof. Carlos Franchi (1932-2001).  Grande parte de seu prolífico trabalho, contudo, não chegou a ser publicado. Agora, alguns de seus colaboradores e ex-alunos organizaram esta coletânea, que é muito bem-vinda como leitura daqueles que trabalham com a língua portuguesa nas escolas e estão engajados na utopia de transformar todos os brasileiros em indivíduos funcionalmente alfabetizados.

O segundo é O português da gente – a língua que estudamos  a língua que falamos de Rodolfo Ilari e Renato Basso, publicada este ano em São Paulo, pela Contexto. Trata-se de leitura obrigatória para quantos desejam conhecer mais da história da  língua portuguesa, em seu berço lusitano original e em sua modalidade transportada para o Brasil, a partir do século XVI.

Os autores discutem também a variação na língua portuguesa, analisada segundo os parâmetros tradicionais: diacrônico, diatópico e diastrático, aos quais acrescentam o parâmetro “diamésico”, que contempla a variação nas modalidades oral e escrita e a variação que se relaciona aos diferentes meios ou veículos. Dedicam ainda cerca de 75 páginas à relevante discussão sobre “Lingüística do português e ensino”.

O terceiro livro recém-publicado, que desejo recomendar, é Porque escrever é fazer história, coletânea de narrativas de educadores ( formadores de formadores) sobre suas experiências de formação, que privilegiam o trabalho com a leitura e a escrita. A coletânea foi organizada por Guilherme do Val Toledo Prado e Rosaura Soligo; prefaciada por Rui Canário, da Universidade de Lisboa, e co-editada pela Abaporu, GEPEC ( Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Continuada  e Unicamp  (Faculdade de Educação.) ..’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’’

Categoria pai: Seção - Notícias

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Nasci no remoto ano de 1945, em São Lourenço, encantadora estação de águas no sul de Minas, aonde Manuel Bandeira e outros doentes iam veranear em busca dos bons ares e águas minerais, que lhes pudessem restituir a saúde.

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