ESTRELA, STELLA

 

À noite olho para o céu

e vejo uma estrela piscando.

Pisca, pisca estrelinha,

parece estar me chamando.

-Quando eu crescer,

 e comprar um avião,

vou te buscar estrelinha,

na palma de minha mão.

 

Este é um dos textos ou fragmentos que guardo na memória, não sei quem é o autor. Quando estava na cartilha eu o lia. Muitas vezes quando anoitecia nós (os moradores do lugar) ganhávamos “energia elétrica”– era a lua que ficava bonita iluminando o vilarejo –, eu ficava no “terreiro” brincando e olhando para o céu estrelado, via as estrelas a piscar e sentia uma alegria muito grande, pois eu pensava que elas estavam piscando para mim, a me chamar. Então eu repetia este verso, várias vezes, como se estivesse falando com elas, sem imaginar que um dia eu poderia estar mais próxima delas, (pois neste momento, o comandante acabou de anunciar que estamos voando a aproximadamente 800 km acima do nível do mar – estou indo trabalhar).

Quantas coisas já aconteceram em minha vida, e agora posso fazer uma ligação deste verso com a realidade presente. Eu não podia imaginar que um dia poderia estar quase “comprando um avião” de tanto viajar para estudar e encontrar-me com uma Estrela, Stella.

O fato mais incrível foram os acontecimentos desde o início dessa história até o encontro com mais esta professora, que veio para fazer uma grande diferença em minha vida.

Primeiro fui enviada, pela diretoria regional de educação em Imperatriz, para São Luis no mês de setembro do ano 2006, a fim de participar de um curso de atualização em língua espanhola. O restaurante vegetariano, onde eu almoçava, ficava bem longe do local do curso. Em um daqueles dias, ao voltar do almoço passei em frente à livraria Vozes e entrei. Vi um livrinho de língua materna, apesar de não estar trabalhando com esta disciplina naquele momento, gostei e comprei, vejam que eu o encontrei bem perto do MAR MARIS.

Em alguns momentos cheguei a folheá-lo, li algumas coisas, mas aquele período foi muito difícil para a minha vida, eu estava sofrendo muito porque o meu esposo se mudara em agosto para Brasília, foi cursar mestrado na UnB e nós nunca havíamos nos separado por tanto tempo, desde que nos casamos há mais de vinte e três anos, na época. Estávamos perdidos e não sabíamos lidar com tudo aquilo ainda. O meu consolo era trabalhar muito.

Em meados de janeiro de 2006, após as férias, ao retornar para Brasília ele levou-me junto, porque eu já havia feito alguns arranjos em um dos trabalhos, e em outros eu estava de recesso. Chegando a Brasília, descobri que devido às greves as inscrições do processo seletivo para o mestrado em educação ainda estavam abertas e decidi me inscrever para conhecer o tipo de provas, pois haviam me dito que eu só ia perder tempo e jogar dinheiro fora, era muito difícil passar. Ainda mais para quem veio do Maranhão e há muito tempo não estudava.

Entrei no site e li o edital, observei as áreas e busquei conhecer o nome dos professores. Após imprimir a lista com a relação dos professores do programa de pós-graduação, me pediram para escolher um para conhecermos através do currículo, então apontei o nome de uma mulher. Quando buscamos as informações, descobri que eu tinha aquele livro que aparecia como publicação dela. Então eu disse: é esta professora que quero para me orientar.

 

Voei, voei

Vi estrela piscando

A me chamar

Era

Estrela

Stella Maris

A me oferecer o céu

Do conhecimento

Que estive sempre a

Buscar.

 

 

 

 

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Nasci no remoto ano de 1945, em São Lourenço, encantadora estação de águas no sul de Minas, aonde Manuel Bandeira e outros doentes iam veranear em busca dos bons ares e águas minerais, que lhes pudessem restituir a saúde.

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