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Joaquim de Oliveira Sousa e Silva, natural Portugal, chegou ao Brasil em 1963, dez anos depois começou a trabalhar com importação de alimentos, tendo sucesso no ramo com a comercialização de azeitonas. Joaquim montou a “Oli Ma Indústria de Alimentos Ltda.”, em Itaquaquecetuba, SP, que comercializava a marca Faisão, composto 15% de azeite e 75% óleo de soja. Tendo uma experiência de 42 anos de trabalho com azeitona e azeite, ele demonstrou forte interesse no desenvolvimento da olivicultura no Brasil. Desde 2004, na fazenda em Maria da Fé, no sul de Minas, resolveu dedicar 30 alqueires dessas terras para a cultura da oliveira, plantando espécies que florescem na mesma época e irão servir de polinizadoras uma à outra. 

 

 

Estufa para o plantio de mudas e mudas ornamentais e comerciais de oliveiras

Visitando a propriedade encontramos o caseiro Wellington Luiz Silva, que trabalha há 8 anos no trato dos olivais. Soubemos dele algumas curiosidades como história das oliveiras na cidade de Maria da Fé, como ocorreu o plantio na fazenda, como está hoje e outras curiosidades como os tipo de de azeite, safra, florada e o manejo das plantas. Na propriedade existem cerca de 50 mil plantas, de 12 variedades diferentes como a Arbequina, Koroneiki e Grappolo que são precoces, em 3 anos já pode colher os primeiros frutos, mas só atingem a plena produção aos sete anos. Comparativamente, o mesmo tempo que o eucalipto demora até atingir ponto de corte. A principal vantagem da oliveira é a longevidade, já que plantas de 60 anos ou mais continuam frutificando. Em um hectare, é possível produzir azeitonas suficientes para a extração de 1.000 litros de azeite, para se obter 1 litro de azeite, são necessários 7,4 kg de azeitonas, vendido pelo atual preço renderia R$ 140 mil. A meta do produtor Joaquim de Oliveira, pioneiro na região e maior produtor de Maria da Fé, era chegar a 100.000 pés. 

Quanto ao adensamento das plantas, Wellington ri e diz que “o plantio aqui foi totalmente errado. Tudo o que não podia fazer, foi feito. Sr. Joaquim não ouvia nossas orientações, quis fazer do jeito dele, por isso temos plantas com a distancia de 2m x 4m. Foi bem até um tamanho, depois cresceram e se encontraram, aí o sombreamento diminuiu a produção”, revelou o jovem lavrador. Segundo ele, o espaçamento ideal seria 6m x 8m. Por atropelos do destino, o dono Joaquim de Oliveira Sousa e Silva depois de investir por mais de 8 anos no cultivo, ficou sem a propriedade, que foi parar na mão de uma pessoa que não tinha interesse em cuidar do pomar, queria apenas valorizar a terra que ficou sem trato durante 3 anos. Recentemente a propriedade foi negociada e o novo dono já contratou uma equipe técnica que está planejando um novo desenvolvimento da propriedade, fizeram a colheita da safra 2015 e a extração do azeite, construíram uma estufa para o plantio de mudas, que é feito pelo enraizamento de estacas, o que reduz em dois anos o tempo de produção de mudas, e o próximo passo será a venda, em escala comercial, de mudas ornamentais e comerciais de oliveiras já para outubro.

Wellington conta como está sendo os cuidados hoje, “estamos cuidado das partes que tem condições de produção em 2016, para depois entrar reformando as outras áreas. É preciso tirar uma fileira de árvores plantadas para ter melhor adensamento, queremos deixar com o espaçamento ideal de 6m x 8m e as árvores retiradas serão colocadas em vasos para comercialização”. Para a oliveira poder produzir bem ela tem que soltar ramos, se ela estiver seca não floresce. Encontramos algumas plantas que tinham seu tronco deitado, Wellington disse que a primeira poda foi feita com 1,80 m “aí a planta vai se abrindo e seu tronco ficando fino e o vento interfere na direção e crescimento da árvore, colocamos escoras mas teve algumas que cresceram deitadas. O ideal é fazer uma poda com 50 cm, pois já dá a formação da árvore, ela solta 4 galhos, que viram 8, vai engrossando e fortificando o tronco”, explicou Wellington. Apesar da falta de trato o pomar produziu, agora em 2015, 8.000 quilos de azeitonas, após a extração do azeite, o teor de acidez ficou com na média de 0,2% a 0,3%. Quanto menor a acidez, maior é a pureza do azeite e melhor são suas qualidades nutricionais. O grau de acidez é um dos principais diferenciadores do tipo de azeite, ele refere-se à proporção de ácidos graxos livres com relação ao ácido graxo oleico (monoinsaturado) – este último está presente em maior quantidade no azeite. Quanto mais ácidos graxos livres, maior é a acidez do azeite e menor é sua qualidade.

 

 

Apesar da falta de trato, o pomar produziu 8.000 quilos de azeitonas, após a extração do azeite, o teor de acidez ficou com média de 0,2% a 0,3%. Quanto menor a acidez, maior é a pureza do azeite e melhor são suas qualidades nutricionais.

 

O COMEÇO

A pequena cidade do sul Minas Gerais Maria da Fé, é pioneira no cultivo de oliveira no Brasil. A Fazenda Experimental de Maria da Fé (FEMF) que pertence a EPAMIG (Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais), abriga o Núcleo Tecnológico EPAMIG Azeitona e Azeite, referência em pesquisas de produção de azeitona de mesa e extração de azeite extra virgem. A Fazenda possui área de 109 hectares, foi doada na década de 1940 pelo senhor José Fabrício de Oliveira ao Ministério de Educação e Cultura, com o objetivo de ser construída uma escola agrícola. Posteriormente, a fazenda passou a ser responsabilidade do Departamento de Fomento da Secretaria de Estado da Agricultura até 1972. Com o Programa Integrado de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Pipaemg) e a criação da EPAMIG, iniciaram-se os trabalhos sistemáticos de pesquisa com diversas culturas. A Fazenda Experimental foi projetada como uma das mais importantes unidades de pesquisa para melhoria da qualidade da batata-semente no Brasil. Atualmente, é reconhecida como Fazenda Experimental pioneira em pesquisas em olivicultura e extração de azeite virgem extra brasileiro.

Foram necessários anos de dedicação dos pesquisadores para que seis das 80 variedades de oliveiras do Banco de Germoplasma, selecionadas entre as mais de 150 estudadas na fazenda experimental, chegassem ao campo. Hoje, a empresa de pesquisa recomenda, com segurança, as variedades Arbequina, Koroneiki, Arbosana e a primeira variedade brasileira, a Maria de Fé, para produzir azeite, e outras variedades brasileiras como Ascolano 315 e duas linhagens de Grappolo 541 e 575 (que possui dupla finalidade) para a produção de frutos de mesa. Os pesquisadores desenvolveram novas tecnologias de propagação e manejo da oliveira, favorecendo, um crescimento médio de 20% ao ano na área plantada. Segundo a Epamig, a cultura já ocupa 800 hectares, com 400 mil plantas em vários estágios de crescimento, distribuídas por 40 municípios de Minas Gerais. Os investidores de novos pomares de oliveiras formaram em 2009, a Associação dos Olivicultores dos Contrafortes da Mantiqueira (Assoolive). A maioria são profissionais liberais e empresários interessados em diversificar suas atividades e investimentos, pessoas que não precisam ter retorno rápido. Muitos são motivados pelo espírito preservacionista, já que a oliveira se adapta a áreas com declive de até 50% e é uma cultura perene.

(Fonte da informação acima: Jornal Pires Rural - Limeira www.dospires.com.br Link: http://www.dospires.com.br/mariadafe.html  Algumas ilustrações são nossas)

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Nasci no remoto ano de 1945, em São Lourenço, encantadora estação de águas no sul de Minas, aonde Manuel Bandeira e outros doentes iam veranear em busca dos bons ares e águas minerais, que lhes pudessem restituir a saúde.

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