A Brasília que não lê

Quem são esses brasileiros analfabetos residentes no DF?

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Viagem à UEMS

 

Nos últimos dois dias fiz uma viagem à UEMS – Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul, campus de Campo Grande.  Fui fazer uma palestra sobre as tarefas dos professores de Letras   na Pós-Graduação  da área,  Mestrado acadêmico e o Profletras.  Voltei  feliz com a oportunidade de conhecer colegas de lá e os mestrandos.  Particularmente apreciei conhecer projetos conduzidos  com a etnia  Terena. Há anos fiz uma visita a uma aldeia Terena naquela região para estudar o grau de bilinguismo entre os membros da comunidade.  Os trabalhos clássicos sobre esse grupo étnico são os do saudoso antropólogo, Roberto Cardoso de Oliveira.

Viajar de avião hoje em dia no Brasil é uma aventura.  O aeroporto de Brasília, que é um “hub”, para onde convergem voos de todo o Brasil, vem passando por muitas reformas e ampliações, “puxadinhos” como gostamos de brincar.  É muito difícil conseguir tomar  um voo, ou chegar ao terminal  usando  uma ponte ( ou “finger”) . Quase sempre temos mesmo de  fazer o percurso até o avião , ou até o aeroporto, na chegada, de ônibus.

Para evitar uma viagem hoje de madrugada, optei por um voo saindo de

Campo Grande às 8:30 e fazendo escala em  Guarulhos. Já estiveram  em Guarulhos recentemente? Brasília, Guarulhos e Congonhas são os três aeroportos mais movimentados do país.  Felizmente todos os três foram privatizados há pouco e melhores dias devem estar por vir para os passageiros que circulam por eles.

Hoje pela manhã, Guarulhos  fervilhava de passageiros.  Em um dos saguões, no térreo, era quase impossível circular tantas as filas duplas ou triplas para acesso aos portões de embarque, ou pré-embarque, como estão chamando agora.  Uma senhora que vinha de Pernambuco e se dirigia a Palmas, com escala em Brasília, me perguntou se eu sabia que era preciso mostrar  documento para embarcar.  Confirmei e ela me contou que estava indo para a formatura de filha, em medicina. Parabéns.  Depois pediu ao filho (ou neto) que carregasse a minha maleta tamanho cabine para subir a escada do avião. Agradeci, mas ela gentilmente insistiu.

Depois da  viagem de ônibus, o avião já cheio taxiou em uma  das pistas até os limites  de terreno  baldio que circunda o aeroporto. Aí ficamos parados uma hora e meia, aguardando autorização para decolar (a propósito, os portugueses dizem “descolar”. Deu tempo de ler todo o último número da revista Época”: a guerra entre homens e mulheres no trabalho,  matéria motivada pelo livro “Homens são de Marte, mulheres são de Vênus, de John Grey, que já vendeu mais de 50 milhões de exemplares nos Estados Unidos; a vida conjugal de  Daniela e Malu; arrastão no Arpoador, o aplicativo Lulu, que permite às mulheres avaliar homens seus conhecidos na internet, a solicitação de Eike Batista à Receita visando à devolução de imposto de renda,  presos na Papuda, Enem, manuscritos comunistas inéditos de Jorge Amado, descobertos por Leonor  Scliar, cuja mãe foi amiga do romancista, entrevistas com o historiador  Marco Antônio Villa que está lançando  um livro de forte conteúdo político sobre a década perdida, de 2003 a 2012, no qual faz críticas contumazes ao governo e à oposição. Enfim, estivesse eu voltando do exterior, teria tido tempo de me atualizar com praticamente tudo que está acontecendo no Brasil. Finalmente decolamos e chegamos  a Brasília, não àquela Brasília que eu amo,  que é ensolarada  e envolta em um límpido céu azul.  Encontrei-a cinzenta, coberta de nuvens, meio norueguesa.

Ia me esquecendo de dois fatos. O primeiro foi o pensamento que me ocorreu ao sobrevoar São Paulo _ que metrópole imensa _ e depois Brasília, que comparativamente está em plena infância. Bem, Roma não se fez em um dia, nem Brasília, que continua a ser construída, como prova a estrada que dá acesso ao aeroporto, toda em obras. O outro fato foi um vizinho ilustre de viagem, o Senador  Eduardo Suplicy. Desceu rápido do avião  e pegou o carro dirigido por sua mulher,  que viera buscá-lo.Assim, como todo mundo. Sem mordomias.

 

De volta a casa,  vou retomar  o trabalho que me espera, mas tive a alegria de encontrar no hall a árvore de  Natal já montada. Jingle Bells!

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Nasci no remoto ano de 1945, em São Lourenço, encantadora estação de águas no sul de Minas, aonde Manuel Bandeira e outros doentes iam veranear em busca dos bons ares e águas minerais, que lhes pudessem restituir a saúde.

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