O Ministro da Educação de Portugal, Nuno Crato, matemático, deu uma entrevista à Veja desta semana na qual critica a “demagogia na escola”. Muitos dos pontos que ele aborda estão também discutidos por nós nas coletâneas “Os doze trabalhos de Hércules, do oral para o escrito” e “Leitura e mediação pedagógica”, ambos da Parábola Editorial. Vejamos um trechinho da entrevista :
“E importante decorar... a tabuada, o nome e a localização de certos rios e cidades e as datas mais importantes no curso da história, ainda que elas não sejam precisas. Não há como o estudante não saber, no mínimo, que a independência do Brasil aconteceu no século XIX ou que Aristóteles viveu antes de César. Se ele se recusa a ter esses marcos básicos na cabeça e acha que pode sempre associar os fatos para chegar a uma resposta está perdido. A experiência deixa claro que uma pessoa passa a fazer conexões cognitivas de muito mais qualidade e valor quando já detém um bom repertório de conhecimentos elementares.” Nota: O que ele está chamando de ‘decorar’ é o aluno adquirir domínio dessa informação, que passa a fazer parte de seu conhecimento enciclopédico, ao qual ele pode recorrer sempre que for necessário, para avançar seus conhecimentos.