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Alunos de uma escola da área rural se divertem com a cantora Ana Cristina Silva, que desenvolve com eles um projeto pedagógico por meio do qual cantar e tocar reforçam a criatividade e o prazer de estudar

  • Mara Puljiz / Correio Braziliense

  • Kleber Lima/CB/D.A Press
    Ana Cristina (sentada, com o violão) apresenta suas composições à turma de estudantes: “Eu me transporto para o mundo das crianças”
     

    Timidamente, elas bateram palmas, rodopiaram e deram saltos de alegria. Assim foi o dia de ontem para um grupo de crianças com idade entre 6 e 11 anos da Escola Classe Barra Alta, em Planaltina, distante cerca de 100 km do Plano Piloto. Fantasiados dos mais diferentes bichos, os pequenos passaram a manhã cantando e dançando coreografias ensaiadas. As crianças se divertiram com a visita da cantora Ana Cristina Silva, ainda pouco conhecida na mídia, mas muito valorizada no ambiente escolar em razão do cunho educativo de suas letras. Com violão e microfone, a artista empolgou a meninada da área rural. A iniciativa faz parte do projeto pedagógico Quem canta encanta, cuja meta é valorizar a emoção, a expressão e a criatividade dos alunos.

    Vestida de princesinha — com coroa e vestido de laços —, Vanessa Dias Maia, 7 anos, foi a primeira a mostrar sua graça pelo ornamentado pátio do colégio. Em seguida foi a vez de um grupo de cigarras entrar no palco. Pulando como um grilo e vestido com roupa de TNT da cor verde, Claick da Silva Cruz, 8, dançava a música Ô grilo, com letra do poeta Antônio Vitor. Ela conta a história de um grilo que foi a uma festa de botina e fez sucesso na escola. De óculos escuros com armação branca e uma guitarra na mão, o menino arrancou aplausos dos pais, que assistiam à apresentação sentados em cadeiras enfileiradas.

    Ana Cristina encerrou o evento com a música O dito Birra. A letra fala de um menino que fazia birra para todas as coisas e ensina as crianças a respeitarem os pais. A canção se tornou o carro-chefe do CD gravado por Ana em 2004 e que, mesmo sem uma gravadora, vendeu mais de 1,8 mil cópias. “Eu me transporto para o mundo das crianças e tento conversar com elas por meio da música. Elas aprendem o sentido da pronunciação dos sons, sem contar que (a música) tem cunho educativo”, contou.

    Memorização
    Na visão da diretora Lucilene Vitorino dos Santos, a ideia é transformar a escola em um espaço mais prazeroso e divertido. Outro objetivo é desassociar a música do conceito único de lazer, utilizando-a também como forma de expansão do repertório cultural das crianças e acesso à diversidade de ritmos. “As crianças são apaixonadas pelas músicas. Os ritmos e rimas facilitam a memorização dos sons”, destacou a cantora.

    Aprender música e distinguir sons não foi uma tarefa difícil para a meninada do campo. Afinal, eles estão acostumados com o canto das cigarras, o estrilo do grilo, o mugido das vacas, o miado do gato e o latido dos cães. Orgulhoso, o produtor rural Paulo Florentino de Goes, 57 anos, observava a sobrinha de 8 se divertir como ninguém. “A área rural é um local especial para a criança porque não tem estresse e ela pode aprender as coisas com facilidade. Quando as pessoas da cidade assistem às apresentações das crianças daqui, elas ficam encantadas porque são verdadeiros artistas”, observou.

    Na Escola Classe Barra Alta, as crianças tiveram uma oportunidade de viver novas experiências, de desenvolver a leitura e a escrita e de interagir com os colegas. Brincaram, pularam, dançaram, cantaram e voltaram para casa com vontade de retornar no dia seguinte e aprender novas lições dos sons que os animais fazem. “É uma coisa linda. Me emociono quando eles chegam e até quando vão embora”, confessou Divina Alves, 64 anos, agente de conservação e limpeza da escola que trabalha há 20 anos no local.

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    Nasci no remoto ano de 1945, em São Lourenço, encantadora estação de águas no sul de Minas, aonde Manuel Bandeira e outros doentes iam veranear em busca dos bons ares e águas minerais, que lhes pudessem restituir a saúde.

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