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Os diamantes da região deram o nome à cidade histórica mineira conhecida pelo patrimônio e pela musicalidade. (foto acima de Wilson Fortunato) Diamantina, na Região Central do estado, inspira notas musicais, é o que dizem moradores imersos em um cenário de arte e cultura. 
 
Um artesão, um historiador e um músico lançaram um olhar sobre a cidade e um convite ao turista. “Quando chega um visitante em Diamantina, é hora de correr e juntar os amigos para apresentar a seresta.  Não tem dia marcado, nem horário definido. Tocamos e cantamos por puro prazer”, diz Expedito Silvério da Silva, 79 anos, músico e seresteiro desde os tempos da juventude.
De acordo com a Secretaria Municipal de Turismo, Diamantina recebe cerca de 150 mil turistas por ano. Nas ladeiras, becos e praças, o visitante se depara com os casarões e suas histórias, que deram à cidade o título de Patrimônio Cultural da Humanidade. Mais que profissão, a música é motivo de orgulho. “O pagamento para nós seresteiros é ver o brilho nos olhos dos turistas, o canto que nos acompanha e o sorriso estampado nos rostos destas pessoas. A salva de palmas ao final é a maior recompensa”, conta Silva emocionado.(foto acima do Tio Gegeca)
O historiador Erildo Antônio Nascimento de Jesus, 49 anos, diz que em todas as famílias da cidade existe pelo menos um músico, e não é à toa que também é conhecida como a “Capital Brasileira da Seresta”.
Vesperata

A Vesperata (foto acima de Edison Zanatto) é outro atrativo musical que o turista não pode perder. O show acontece ao ar livre, na Rua da Quitanda, no centro histórico da cidade, dois sábados por mês, de março a outubro, quando não chove em Diamantina. Nas sacadas e janelas dos prédios históricos ficam os músicos, que são regidos por maestros que se posicionam no meio da rua, entre os espectadores.
No rico repertório estão apresentações de músicas populares brasileiras e internacionais. “A sensação que temos como público é indescritível. A pequena Diamantina parece se transformar em um imenso concerto que jamais vi igual em outro lugar, seja no Brasil ou no exterior”, relata o historiador.Sentado em mesas ou mesmo em pé, o público é atendido por garçons dos bares próximos, tornando a programação ainda mais agradável, com a opção de degustar tira-gostos tipicamente mineiros, uma cerveja gelada ou até mesmo um vinho. A banda é regida e composta por integrantes do 3º Batalhão da Polícia Militar de Minas Gerais e por jovens músicos da Orquestra Mirim.
Bartucada
 
A Bartucada, um grupo de percussão, é outra atração imperdível. A tradição foi firmada no carnaval, muito popular na cidade. (foto acima arquivo Secretaria de Turismo de Diamantina) Em janeiro, turistas podem ter a sorte de participar dos ensaios. Nos meses seguintes, a banda se apresenta em outros estados.
O historiador Erildo explica o diferencial da banda. “A Bartucada é formada por mais de 300 músicos, entre médicos, advogados, engenheiros, publicitários, profissionais liberais, executivos, estudantes e jovens que possuem uma vida comum no dia a dia, mas que vivenciam na Bartucada momentos de alegria e de prazer”, diz.
Artesanato
Para o artista plástico Marcelo Brant, 44 anos, a religiosidade é outro ponto marcante no centro histórico. “Faço estandartes que mostram a permanência de traços e de referenciais da fé católica na cultura profana nos tempos atuais. A cidade é pura inspiração, com sua arquitetura, seus costumes e sua religiosidade”, explica. (na foto acima, de Fernando Bezerra, o artesanato de Diamantina e na foto abaixo Marcelo Brant segura um dos estandartes de sua
criação (Foto: Marcelo Brant/Arquivo Pessoal
)
Marcelo conta que criou seu primeiro estandarte aos 13 anos. Ele lembra que quando era criança acompanhava as procissões religiosas que percorriam as ruas de cidade histórica de Diamantina. “Ficava encantado com os estandartes conduzidos pelos fiéis. Pegava panos e vassoura e imitava quando chegava em casa", recorda.
Hoje, o artista plástico tem um ateliê no centro de Diamantina e o turista pode comprar um de seus estandartes para levar como lembrança. Marcelo diz que a procura dos turistas é muito grande para usar suas peças como decoração de ambientes.
Pontos turísticos
Aos sábados pela manhã, a dica de Marcelo Brant é o Mercado Municipal, onde o turista pode aproveitar a Feira de Produtores Rurais e Artesanatos. Lá, o visitante encontra cachaças, queijos, mel e ingredientes exóticos, como broto de samambaia e ora-pro-nobis. Também estão presentes os artesãos com as famosas cerâmicas do Vale do Jequitinhonha. Já o músico Expedito diz que o turista não pode deixar de visitar o Museu de Juscelino Kubistschek e a Casa de Chica da Silva. (na foto acima de Lucas Vieira o Passadiço do Glória)
“A casa onde viveu meu amigo e companheiro de seresta foi transformada em museu. Os cômodos abrigam biblioteca, objetos pessoais, fotos e os violões do ex-presidente”, conta Expedito. O Museu JK fica aberto de terça a quinta, das 9h às 17h; sexta e sábado, das 9h às 18h; e aos domingos, das 9h às 14h.
A Casa de Chica da Silva é composta por um acervo de pinturas e objetos pessoais. Lá morou, entre 1763 e 1771, o contratador João Fernandes de Oliveira em companhia de sua amante, a ex-escrava Chica da Silva. A casa tem um grande terreno nos fundos e uma fachada lateral de influência árabe . Atualmente abriga a sede da 16ª sub-regional do IPHAN. As visitas podem ser feitas de terça a sábado, das 12h às 17h30; e aos domingo, das 9h às 12h.
E para quem gosta de conhecer pontos históricos, não pode deixar de visitar alguns dos principais destaques da cidade: Casa do Padre José da Silva Rolim (Museu do Diamante), Capela da Santa Casa de Caridade, Praça da Unesco, Cruzeiro do Cula, Vila de Biribiri, Catedral de Santo Antônio, Distrito de Extração, dentre outros.
Turismo de aventura
A aventura também tem lugar em Diamantina. (na foto acima de Edison Zanatto a Cachoeira dos Cristais, uma das mais belas da região) Porta de entrada das chapadas da região central do Brasil, a cidade é circundada por cachoeiras de até 70 m de queda e tem vegetação densa e preservada. Os picos favorecem as escaladas e o rapel, e os vales são propícios às caminhadas. De acordo com a Secretaria Municipal de Turismo, as práticas de esportes de aventura fazem parte de um novo projeto da prefeitura. Os turistas interessados nessas programações devem procurar a Central de Atendimento ao Turista (CAT).
Hospedagem e alimentação
Para oferecer conforto ao turista, a cidade dispõe de opção de hospedagem em hotéis e pousadas simples ou mais confortáveis, com características típicas da cidade histórica. Existem também outras opções como camping e aluguel de quartos em casas dos moradores da cidade. Os restaurantes e bares oferecem opções de ‘self service’ e comida ‘a la carte’, sempre predominando as comidas típicas mineiras.
O que levar
Na hora de fazer a mala, algumas dicas são importantes. O turista não pode deixar de levar calçados confortáveis, já que as ruas e ladeiras de Diamantina são de pedras. Casaco ou blusa de frio também são importantes. Mesmo no verão, a temperatura sempre cai ao anoitecer. (Pelo site da Prefeitura de Diamantina http://diamantina.mg.gov.br/ você pode obter mais informações) 

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Nasci no remoto ano de 1945, em São Lourenço, encantadora estação de águas no sul de Minas, aonde Manuel Bandeira e outros doentes iam veranear em busca dos bons ares e águas minerais, que lhes pudessem restituir a saúde.

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