Estudantes são incentivados pela professora a pesquisar sobre a cultura e origem dos seus bairros para valorizar o espaço em que vivem

por Lorena Bárbara Santos Costa 

24 de janeiro de 2018

Os aspectos socioculturais da favela proporcionam aos estudantes da escola pública reflexões para transformar a própria realidade. O projeto “É de Quebrada que Eu Vou” buscou compreender e valorizar a cultura popular como forma de expressão artística e ideológica-identitárias.

Por que a cultura presente nas favelas não é discutida nos currículos escolares da escola pública, tendo em vista que grande parte de seus integrantes é oriundo desses espaços? A partir desse questionamento, dei início ao projeto, sugerindo que os estudantes do 5º ano da Escola Municipal Gersino Coelho, de Salvador (BA), pesquisassem a origem dos seus bairros. Logo em seguida, trouxe para os nossos estudos a história das formações dos primeiros quilombos brasileiros, estimulando descobertas e percepções das semelhanças e diferenças desses dois espaços.

Já que para discutir sobre a cultura urbana em nossa sociedade era preciso também discutir a cultura do gueto, que sempre sofreu preconceito e discriminação, resolvi oportunizar aos alunos, que são atores sociais desse espaço, refletir sobre a própria realidade.

Durante a execução do projeto, discutimos a origem e formação das favelas no Brasil, em especial na Bahia, fazendo relação com o período colonial para compreender como foi o processo de escravidão e pós escravidão. Também buscamos entender os reais motivos de a maioria da população da favela ser negra, compreendendo também as manifestações culturais nos espaços marginalizados e os fatores positivos e negativos que compõe o espaço da favela.

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