As revistas semanais trouxeram matéria extensa sobre a reforma encaminhada ao Congresso por medida provisória, e que continua a suscitar muita crítica nas redes sociais. Um dos pontos mais criticados é a possibilidade de indivíduos sem licenciatura darem aulas. Isso já acontece no Brasil, em muitos municípios, devido à falta de professores para disciplinas como Física, Química e Biologia. 

 

Estas considerações são apenas para registro, já que não tenho procuração do MEC nem tampouco vocação para polemizar. Fico como a Emília do Sítio, metendo, modestamente, minha colherzinha de pau no angu.
Mas em princípio há uma coisa que me inquieta muito : Por que as licenciaturas não aproveitam esse clima de debate para se repensar? Nossas licenciaturas ( a maioria delas) são cursos excessivamente teóricos, ou quasi teóricos, já que as disciplinas são introdutórias . Há pouca carga horária para metodologias.
Penso, por exemplo, em um licenciado em Letras , curso com currículo mínimo muito sofisticado, ( mas poderia ser qualquer outra licenciatura) , que se declara inabilitado para alfabetizar ou para trabalhar com analfabetos funcionais. Mas cuma ? Estima-se que no Brasil cerca de 2/3 dos adultos sejam analfabetos funcionais, e nossos egressos do Curso de Letras não estão preparados para ajudar a superar esse problema ? Esse é um problema de todos nós que nascemos ou vivemos neste país. Pois bem , quem sabe podemos fazer uma pausa no “taca-lhe pau” e pensar em como alfabetizar todos os brasileiros no Ensino Básico e na EJA ?

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