Quem são esses brasileiros analfabetos residentes no DF?
O Projeto Leitura, tem como objetivo vencer um dos maiores desafios encontrados pelos professores e amantes da literatura: Criar o hábito da leitura.
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Uma nova educação está batendo às portas das escolas brasileiras.
Com atraso, é verdade. Durante décadas nosso aprendizado permaneceu
focado em ler, escrever e calcular. Educadores e governo esqueceram que
o ser humano precisa de compreensão ampla sobre o cotidiano e o mundo
para interagir de maneira saudável com a vida. Agora, o pensar será
privilegiado no lugar do simples memorizar. O novo conceito do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a ser
testado nos dias 3 e 4 de outubro, será o passo decisivo de uma
revolução na educação do País. Para os alunos se saírem cada vez melhor
nele e terem a oportunidade de ingressar em universidades de qualidade,
as escolas já estão repensando o jeito de ensinar, desde a educação
infantil. Confiança no conteúdo Em maio foi divulgada a reformulação da prova, criada em 1998. As
alterações serão decisivas para boa parte dos cerca de 1,5 milhão de
estudantes que ingressarão na universidade no ano que vem. Se antes as
63 questões cobravam organização de informações, interpretação de
textos e gráficos, mas num apanhado de testes engessados por
disciplinas sem diálogo entre si, na atual versão haverá uma divisão
por áreas (leia quadro à pág. 84). Isso exige raciocínio lógico, compreensão do conteúdo estudado no
ensino médio e o uso do conhecimento de disciplinas distintas em uma
mesma solução. A prova será mais trabalhosa, com 180 questões de
múltipla escolha (além da redação), e em dois dias de testes. O modelo é parecido com o SAT, elaborado em 1926, nos Estados
Unidos, para o ingresso nas universidades americanas. Como o método
prima pela excelência, a famosa decoreba não tem vez. Será assim também
com o novo Enem. E é justamente o que obrigará as escolas a se adaptar "O saber é mutável e, hoje, atualizado com rapidez", diz Neide
Noffs, diretora da Faculdade de Educação da Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo (PUC-SP). "Em curto prazo, memorizar é
irrelevante. Iniciativa e entendimento devem ser estimulados." Para isso, as instituições de ensino terão de oferecer aos
estudantes a oportunidade de debater um mesmo assunto em várias
matérias do currículo escolar, de maneira integrada. No Colégio Rio
Branco, em São Paulo, temas da atualidade, como a gripe suína, são
enfocados do ponto de vista da geografia, da matemática, da história,
da sociologia. "O excesso de fragmentação das disciplinas, transmitidas de modo
isolado ao jovem, impede o aproveitamento significativo do aprendizado
na vida dele", diz a diretora Esther Carvalho. Essa proposta de
educação não é nova. A determinação existe há 11 anos, quando foram
instituídas pelo Ministério da Educação (MEC) as Diretrizes
Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Fora os colégios de elite das grandes metrópoles, que têm recursos
para investimentos em pessoal e infraestrutura, a maior parte do
sistema educacional não adotou os parâmetros. Com o Enem, as escolas
foram forçadas a isso. "O exame se tornou uma cobrança oficial", afirma
Heliton Ribeiro Tavares, diretor de Avaliação da Educação Básica do
Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Revolução na escola/ Isto É, nº 2079
Como
o novo Enem vai mudar a forma de transmitir e avaliar o conhecimento
nas instituições de ensino. E essas transformações começam na
alfabetização
Francisco Alves Filho e Suzane G. Frutuoso
Felipe e Andressa: bem preparados com o ensino do Vértice, em São Paulo