Quem são esses brasileiros analfabetos residentes no DF?
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III Colóquio Educação, Cidadania e Exclusão - Gênero e Pobreza:
Imagens de Escola
NetEdu / UERJ – outubro 2009
O analfabetismo no Brasil: Uma análise do macro ao micro
Stella Maris Bortoni-Ricardo e Arthur Lins
A
questão do analfabetismo no Brasil é um problema tão antigo quanto o
próprio país e que vem apresentando soluções lentas e resistentes aos
sucessivos programas de alfabetização. Segundo os dados da Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2008, lançada pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no mês de setembro do
corrente ano, a taxa de analfabetismo ficou praticamente estável na
transição de 2007 (10,1%) para 2008 (10%). Mas com o crescimento da
população, o total de brasileiros com mais de 15 anos que não sabem ler
e escrever chegou a 14,2 milhões.
Neste
trabalho desejo examinar alguns dados do Programa Brasil Alfabetizado –
PBA – de 2007/2008 consolidados pelo MEC. Vou ainda ilustrar a condição
de analfabetismo de brasileiros adultos com fragmentos de entrevistas
conduzidas no âmbito do nosso projeto, desenvolvido na UnB, “A Brasília
que não lê”. O Projeto é apoiado pela Fundação de Apoio à Pesquisa do
DF e as entrevistas selecionadas foram conduzidas pelo aluno de Proic,
Arthur Lins, do curso de Pedagogia da Faculdade de Educação da UnB.
O
relatório do PBA do último biênio incluiu dados de 685.155
alfabetizandos distribuídos em 19 estados brasileiros. As unidades da
Federação que apresentam os maiores percentuais de alunos no Programa
são o Ceará (19,3%), Maranhão (14,5%), Paraíba (11,3%), Piauí (14,8%) e
Rio Grande do Norte (14,3%).
O número de alfabetizandos do programa em cada estado reflete a clientela potencial de analfabetos naquele estado e vemos
que esse número é inversamente proporcional ao Índice de
Desenvolvimento Humano – IDH – constatado naquela unidade federativa.
Assim, em estados com IDH mais alto o número de alfabetizandos é mais baixo. Por exemplo, no Rio
de Janeiro, há apenas 3,0% de alfabetizandos; no Rio Grande do Sul:
0,1%; em Santa Catarina: 0,2%; em São Paulo: 2,3% e em Minas Gerais:
1,4%.
Um
dos principais dados que o levantamento desvela é a influência do local
de nascimento e residência dos alfabetizandos no acesso que eles têm ao
letramento. 75,2% dos analfabetos no Brasil moraram em área rural até
os 15 anos, enquanto 21,4% tiveram seu domicílio em região urbana.
Achamos
relevante também apontar que 70,1% dos indivíduos atendidos pelo PBA
não procuraram outro curso de alfabetização antes do atual. No entanto,
81,4% confessam que acham importante estar alfabetizado. Estamos vendo
que os cidadãos analfabetos mantêm-se como tais não porque não
reconheçam a importância de aprender a ler e a escrever, mas sim porque
não têm acesso a programas de alfabetização.
Esse
vasto segmento da população brasileira começou a estudar na primeira
série em média com 10 anos de idade, mas seu estudo sofreu longas e
repetidas interrupções. Somente 4,6% chegaram à quinta série. A maioria
ficou pelo caminho sem condições de superar problemas como a falta de
recursos, a necessidade de trabalhar e a ausência de escola.
Como vivem os brasileiros que não têm acesso à leitura e à escrita?
Suas
condições de vida demonstram claramente sua exclusão de práticas
letradas e sua inserção precária no sistema de produção. 61,3% deles
vivem em ruas sem nome ou numeração, requisito básico, mínimo, de uma
urbanização informada pela burocracia letrada.
E pior, 18,2% habitam ruas sem iluminação e 45,7%, sem calçamento, embora mais de dois terços já tenham casas de alvenaria cobertas de telha.
Seu
acesso à mídia eletrônica já é razoavelmente alto: 64,8% têm rádio;
85,2% têm televisão. Esses dados nos mostram que esses recursos
poderiam ser usados de forma mais produtiva no trabalho de
alfabetização. Até mesmo o telefone celular, a que 30,5% têm acesso,
representa um excelente portador de texto. Mas como o rádio e a
televisão vem sendo subutilizado no esforço para a alfabetização dos
brasileiros. Quanto à Internet, esse é um bem ainda restrito a muito
poucos: 99,5% não dispõem desse recurso.
Quando
chegam a um curso de alfabetização seu acesso a livros e outros
materiais impressos continua muito restrito. Mais de 60% não têm acesso
a livros literários, gibis ou livros de consulta. Sua leitura fica então limitada aos livros didáticos (67,5%) e a jornais e revistas (53,5%) que recebem.
Estamos
nos detendo nesses dados detalhados na esperança de que eles nos ajudem
a entender como e por que nosso país vem tendo, ao longo dos seus 500
anos de história, tanta dificuldade de integrar toda a sua população na
cultura letrada, enquanto outros países, alguns menores e de PIB mais
baixo, já o fizeram há muitas décadas.
Saindo
do nível macro para o nível micro de análise, vejamos como o depoimento
de algumas pessoas não alfabetizadas residentes no DF pode deitar luzes
sobre essa dimensão sombria da vida brasileira.
O
Distrito Federal é líder em qualidade de vida entre as 27 unidades da
Federação, segundo o índice de Desenvolvimento Humano medido pela ONU.
Em uma escala que vai de 0 a 1, o IDH do DF passou de 0, 799 em 1991
para 0,849 em 2003, bem acima da média brasileira, que é de 0,766. O
cálculo do IDH é feito levando-se em conta três variáveis: renda,
longevidade e educação.
Não
obstante essa condição, o número de analfabetos no Distrito Federal é
muito alto: um total de 83.378 pessoas, assim distribuídas: faixa
etária de 15-29 anos: 14.625; faixa etária de 30-59 anos: 45.378; faixa
etária de 60 anos ou mais: 23.375. São números preocupantes,
considerando que o DF apresenta índices de desenvolvimento humano,
escolaridade e renda muito superiores à média nacional.
Passamos
agora a refletir sobre o depoimento de duas senhoras não-alfabetizadas,
de 61 e 88 anos respectivamente, residentes no DF, que representam para
nós os mais de 83 mil analfabetos que vivem no DF. Dar voz a cidadãos
que vivem o problema do iletrismo em uma comunidade marcada pela
modernidade e pela cultura letrada nos afasta dos números frios e nos
permite compreender melhor o que essa limitação de fato representa em
suas vidas.
Nessas entrevistas, como em muitas
outras que compõem nosso banco de dados no Projeto A Brasília que não
lê, fica claro que esses brasileiros analfabetos não foram à escola na
infância porque tinham que trabalhar para garantir o sustento da
família. Vejamos como o trabalho infantil está na raiz do analfabetismo
extensivo.
Fragmento 1
(16) Entrevistador – E como é que foi a infância da senhora lá na sua cidade?
(17) Srª E. (61 anos) – Ai, minha infança, meu filhu eu num tivi infança.
(18) Entrevistador - Não?
(19) Srª E.- Não! Meu infa... minha infança era meu pai mi botar na roça, essa qui foi a minha infança (Ela solta uma gargalhada).
(20) Entrevistador – A senhora sempre trabalhou na roça?
(21) Srª
E. – Sempri trabalhei na roça, meu filhu, larguei di trabalhar na roça
depois qui eu vim pra qui, cheguei aqui im Brasília in oitenta i um.
Fragmento 2
(27) Entrevistador – Mais e assim... o que é que a senhora fazia assim... quandu tinha... os 6,7,8 anos?
(28) Srª R.(88 anos) – TRABALHAVA MAR MEU PAI!
(29) Entrevistador – Ah, cê trabalhava.
(30) Srª
R. – Qui u meu pai (...) passô ainda pareci que (...) uns 2 ô 3 pra
morrer i fiqui mar meu pai trabalhando. Quanu meu pai faliceu, fiquei
mar mia tia trabalhando. Mas eu custurava, vivia era di custurá também.
Na
infância, os brasileiros analfabetos, além de começar a trabalhar muito
cedo, não tinham estímulo para estudar. Alguns pais chegavam a proibir o acesso à escola.
Fragmento 3
(22) Entrevistador – Ah sim. E lá na sua cidade você tinha contato com a escola?
(23) Srª E. - Tin’a não! Nunca tivi!
(24) Entrevistador - Na sua cidade...
(25) Srª E.- Nunca tivi, meu pai num colocô não, meu pai nun, nunca quis u filhu dele na... na iscola!
Privados
da educação formal da escola, as igrejas poderiam ter-se constituído em
agências letradoras esse grupo social. Mas poucos tiveram essa sorte.
De fato, a Bíblia ou outros textos religiosos eram completamente opacos
para eles, pois lhes faltava o background, o conhecimento de mundo, que
lhes facultaria a compreensão de temáticas tão remotas, tão distantes
de sua realidade.
Fragmento 4
(38) Entrevistador – Não mas eu falo assim numa questão,assim, na Igreja, tinha algumas pessoas que liam, tipo o padre ou algum...
(39) Srª E. – Tin’a a igreja lia a genti iscutava elis lê tudu mais ... Era aqueli negócio qui a genti num intendia, nem u qui sabia, qui era iscola, num intidia nem qui era iscola.
(40) Entrevistador – Sim. E o padre lia pra vocês, assim, vocês não entendiam o que ele falava?
(41) Srª E. – Não, ele lia assim, a... aqui Bíba mais lia e a genti num intendia que a genti num sabia de nada!
Não
tiveram esses brasileiros também a oportunidade de contato com outras
pessoas em outros domínios sociais que os pudessem ajudar a ler ou a
compreender um texto lido.
Fragmento 5
(48) Entrevistador – E você não conheceu assim na época pessoas que fazia isso pra vocês não, né?
(49) Srª
E. – tsiu,tsiu, tinha não! Nossu, nossu, nossu, nossus iscrivimento
nossus devê, nossa falação era na roça mermu, assim só trabalhar mermu
ni roça i mar nada, e i pra Igreja, i ia ar veiz a genti ia pra Igreja
qui a min’a mãe qui levava, né?
Uma
constante nas informações que temos em nosso banco de dados é que os
analfabetos com quem temos conversado nasceram em área rural ou rurbana
e migraram para o DF, quase sempre ajudados por outro membro de sua
rede familial de relações.
Fragmento 6
(67) Srª
E. – Era, aí meu marido começô a trabaiá aí, chego, quanu ele chegô meu
cunha... o meu cunhadu já tinha arrumadu serviçu pra eli.
(61) Srª E. – Im oitenta e um, eu cheguei, [E a senhora...] nu dia nu dia dizenovi di setembu, qui nois cheguemu aqui!
(62) Entrevistador – Foi, né?
(63) Srª E. – Im oitenta e um.
(64) Entrevistador – E a senhora veio pra trabalhar?
(65) Srª
E. – Não, vim pra trabalhar não! Vim mermu pra trabalhá assim, puque já
tinha meus cunhadu qui morava aqui, sabî, qui meu sogu veiu pra cá
primeramenti, trazidu também pelu um irmão deli, aí vei meus cunhadu,
aí meus cunhadu, foi lá pegô a genti e troxi também, aí...
Não obstante as dificuldades que os migrantes analfabetos enfrentaram em suas regiões de origem durante a infância
e o duro trabalho que tiveram de realizar para garantir o sustento na
nova residência, de modo geral, não negligenciaram a educação dos
filhos. Nem sempre com êxito, todavia.
Fragmento 7
(86) Entrevistador – Ah! E como é que foi a educação deles aqui?
(87) Srª
E. – A educação delis aqui foi munto mar melhor do qui a minha, né,
puque eu coloquei nu coleju, a ia rrá fui intendenno melhor, aí eu, eu
convivia cum meus fiius, conversá cum meus filhu, tá intendenu?
(88) Entrevistador – Sim!
(89) Srª
E. – E, foi munto mar, melhor, muntu! Qui s’eu tivesse ficadu lá nim,
elis tinham se criadu igual a mim, aí eu cheguei aqui coloquei meus
filhu nu coleju, eu tivi também ajuda de munta genti qui mi ajudô, tá
intendenu?
(95) Srª
E. – Então a vida di meus fiis foi, a criação di meus filhu foi muntu,
cem veis mais melhor di que a minh, puque eu num tivi istudu, mar eu
dei prus meus filhu, tá intendenu? Foi a única cosa qui eu quiria na
minha vida era dá istudu di meus filhu.
Uma
vez radicados na cidade alguns tiveram iniciativa de procurar aulas de
alfabetização. Mas quase sempre essa iniciativa se frustrava e eles
acabavam por desistir.
Fragmento 8
(97) Srª E. – Tivi, tivi portunidade, lá ondi eu morava (Ela quis dizer Taguatinga), tinha uma
mulher lá qui foi atris di genti pra botar numa iscola, ai eu istudei
urs dias, um, num... por aí mar num aprendi nada tambeim, sabî? Aí
quandu eu vim pra cá pra pu “P” Norte, aí tivi comu possilidade tambeim
di istudá tambeim sabî? Istudei um... um dos anu, mazi urque meus fii
tava ainda pra acabá di criá, mai eu, eu parei pra trabaiá, trabaiá
fichadu, né, aí era muntu cansadu, pá trabaiá, cuida delis, cuidá di
serviçu... de casa, aí eu parei eu tava muntu cansada, parei, né.
(106) Entrevistador – Lá na Capital, que é a empresa que a senhora trabalhava, tinha alguma coisa pra ler?
(107)
Srª E. - TIN’A, TAMBeim!! Teve uma prufessora lá logu di cumeçu qui eu
entrei, tin’a uma pufessora tambeim, o eu istudei beim um anu cum ela
mas aí tirarum ela di lá, essa pufessora, qui num era da impresa, a pufessora num era da impresa, era du orgum. Tá intendenu?
Nas
poucas e intermitentes oportunidades de frequentar um curso de
alfabetização o resultado de aprendizagem foi quase nulo. Especialmente
na aprendizagem da escrita.
Fragmento 9
(154) Entrevistador – E a seora freqüentou essa escola aqui no “P” Norte por quantos anos?
(155)
Srª E. – Foi só dois anu, foi só dois anu! Num deu pra mim aprendê nada
não! (mas) Tinha dia qui eu num ia purque eu tarra muntu cansada du
serviçu, sabî!
(158) Entrevistador – E essa escola, pelo menos ajudou a senhora a lê e a escrever?
(159)
Srª E. – Com certeza! Eu já le’u já, iscrevê eu num iscrev ainda, num
sei assim muntu bem iscrevê, purque cabeça di di idoso parece qui é
muntu temosa sabî. ((Ela sorri)) Mas eu‘da num sei iscrevê me assim
bem, bem, eu sei iscrevê meu nomi diretinhu, aí muntas besterinha
também ra sei ra sei iscrevê, mas tem muntas cosa qui eu queru iscrevê
assim uma carta pra mim mandá pra min’a mãe, QUE A MINHA MÂE AINDA É
VIVA! Uma carta pra mi’rmã ainda num sei ainda, né. mas eu vô aprendê,
puque eu tô paganu ali um uma pofessorinha pá mim’isiná, né?
Fragmento 10
(56) Entrevistador – E nesses três anos, o que que a senhora aprendeu?
(57) Srª R. – Qui foi, quie’u aprendi? Aprendi iscrever um pôcu, iscrevi, fazer uma contin’a qui num sabia, i pronto! Tudu poquinhu, tudu poquinhu, tudu poquinhu!
Em certos casos, a pessoa dispõe-se até a pagar um professor, quando não consegue a vaga.
Fragmento 11
(161)
Srª E. – Tô pagandu particulá, puque num achei nu coleju! Coleju num,
num, num achei nu coleju diz qui num tin’a mar vaga tin’a que fazê
testi, num sei u quê, u testi já tinha acabadu, num sei u quê, sabî?
(162) Entrevistador – Ah, sim! E a senhora tá tendu aula, essa profes. é professora?
(163) Srª E. – Pofessora! É pofessora di coleju, essa minina qui tá mim insinanu!
Mulheres
idosas que não se alfabetizaram têm menos chance de frequentar uma
escola porque têm tarefas familiares, especialmente cuidados com netos.
Fragmento 12
(78) Entrevistador – E a senhora veio prá cá e trabalhou [Não!] E como é que foi?
(79) Srª R. – Aqui eu num trabalhei não!
(80) Entrevistador – Não, né?
(81) Srª
R. – Não, só foi pra butar sentido nus mininu. E as minina ia
trabalhar. (Suas filhas). Isabel ia pru trabalhu dela, a minha, a mãe
dus mininu ia pru trabalhu dela, e eu ficava olhano us mininu.
Fragmento 13
(94) Srª.
– Eu pensu que a Escola tá lá até hoji, que’eu’ia buscá e ia levá.
[humhum] mia, mia filha ia trabalhá e me intregava us mininu. Aí ela
comprou um rádio pra mim, rádio + aí pra eu, eu olhar as hora. Lá tinha
um relojo, mas u relojo num era muntu bom. Ela comprô o rádio + e eu,
eu ligava o rádio pra eu vê as hora, que pudia levá e buscá.
Os
depoimentos são eloquentes e auto-explanatórios. Em alguns casos
confirmam os dados quantitativos que vimos ao início. Em outros
complementam ou até mesmo conflitam com aqueles. Por exemplo, os dados
do survey indicam que há vaga para todo indivíduo que
procurar a escola. O depoimento conta outra história. As pessoas podem
não conseguir uma vaga ou ficar impossibilitadas de frequentar as aulas
porque têm de trabalhar para sobreviver ou têm tarefas domésticas.
Nosso
objetivo ao trazer os dados de natureza macro complementados ou
contrastados com os dados de natureza micro foi o de traçar um panorama
do analfabetismo no Brasil. Particularmente procuramos responder
a uma pergunta crucial: quem são esses brasileiros a quem tem sido
negado o direito de aprender a ler e escrever e de participar
integralmente da cultura de letramento?
Brasília, 28 de outubro de 2009.